sábado, 30 de dezembro de 2017

Fuzileiros Navais e Exército iniciam patrulhamento nas ruas de Natal

As Forças Armadas iniciaram na noite desta sexta-feira, 29, as atividades de patrulhamento nas ruas de Natal. A autorização para envio das tropas federais ao Rio Grande do Norte foi confirmada nesta sexta pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, a partir de liberação do presidente Michel Temer. O Estado vive uma crise na segurança pública diante do aquartelamento de policiais militares, que pedem melhores estruturas de trabalho e pagamento de salários que estão atrasados.
Pelo Twitter, o governador do Estado, Robinson Faria (PSD) informou o início das atividades. “O Exército começou agora à noite o patrulhamento nas ruas de Natal. Já são 500 homens das Forças Armadas atuando na segurança pública. Nos próximos dias serão mais 1,5 mil para reforçar o trabalho ostensivo”. Essa é a terceira vez desde outubro de 2016 que o Estado recebe o apoio das Forças Armadas para patrulhamento das ruas diante de crises na segurança.
“Chegamos à conclusão que dada a permanência do impasse na questão salarial e a recusa dos policiais militares e dos policiais civis de voltarem suas atividades normais, nós levamos ao presidente Michel Temer, a nossa avaliação que se faz necessária uma ação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), deslocando tropas para o Rio Grande do Norte”, declarou na manhã desta sexta o ministro da Defesa, segundo nota divulgada pela pasta.
O decreto autorizando o início da operação de GLO deve ser publicado nesta sexta e com um prazo inicial de duração de 15 dias, podendo ser renovado. Jungmann estará em Natal neste sábado, 30. “Em duas vezes anteriores, garantimos a vida, a tranquilidade, a propriedade e a observância da lei, que são devidas ao povo potiguar. Pretendo me deslocar para Natal amanhã cedo para tomar conhecimento e para participar das atividades de planejamento e coordenação”.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Marinha decide comprar navio de ataque por R$ 350 milhões

O navio de ataque HSM L-12 : na mira do Brasil (Foto: Wikimedia Commons/Wikipedia)
O NAVIO DE ATAQUE HSM L-12: NA MIRA DO BRASIL (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS/WIKIPEDIA)
O próximo navio-líder da força naval do Brasil será um porta-helicópteros e também um navio de combate anfíbio, o HMS Ocean-L2, da Marinha Real inglesa. Em operação há 20 anos, o gigante de 203 metros e 21,5 mil toneladas terá a compra negociada por um bom preço, coisa de 84,6 milhões de libras esterlinas, pouco mais de R$ 350 milhões, a serem pagos em parcelas.
O Ocean ainda está ativo no Reino Unido. Só será recolhido à base de Devonport a partir de março de 2018, quando o contrato bilateral já estará concluído. A autorização para que a Marinha dê início aos entendimentos foi comunicada pelo Ministério da Defesa ao almirantado há cinco dias, segundo o site Forças de Defesa, que revelou a decisão.Com essa aquisição, fica afastada a possibilidade de um eventual programa de recuperação do porta-aviões NAe A-12 São Paulo, desativado há 10 meses. A revitalização e modernização custariam mais de R$ 1,2 bilhão.
O navio leva 18 helicópteros de vários tipos, entre os quais os preparados para missões antissubmarino, de ataque e apoio à tropa. Na Marinha inglesa, o L2 é empregado em ações expedicionárias. Pode ser rapidamente modificado para realizar missões humanitárias, por exemplo, em casos de catástrofes naturais.
Antes da transferência, o porta-helicópteros passará por um período de preparação no Reino Unido, sob supervisão de oficiais brasileiros, para "revisão de equipamentos e sistemas", de acordo com nota do Comando da Marinha.
Tripulantes, especialistas e técnicos serão submetidos a um ciclo de cursos associados ao treinamento, nos centros de instrução da Royal Navy, "visando à familiarização dos militares com o navio".
Depois disso, já nas instalações navais do Rio, e ao longo de um ano, efetivos da aviação embarcada, dos fuzileiros navais e dos operadores de bordo farão viagens de exercício, "para adaptação à doutrina de operação". 

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Com greve de policiais, lojas fecham e fuzileiros navais são acionados em Natal

Em meio a uma greve de policiais militares, civis e agentes penitenciários, o governo do Rio Grande do Norte pediu à Presidência da República reforço no efetivo da Força Nacional e envio das Forças Armadas ao Estado. A União ainda não respondeu à solicitação. 


Tropas de elite da Marinha, o corpo de fuzileiros navais que atuam em pronto emprego em ar, mar e terra, foram acionados e rapidamente foram escalados em patrulhas de e varreduras de áreas urbanas, em estado de sítio os fuzileiros navais passam agora a ter poder de polícia atuando em (GLO) na garantia da lei e da ordem.

MOTIVO DA GREVE

Os servidores cruzaram os braços por causa do atraso no pagamento do salário de novembro e do 13.º. Nesta quarta, PMs diminuíram o número de agentes e viaturas nas ruas da capital e do interior. Já a Polícia Civil só fazia flagrantes – todas as investigações e os cumprimentos de mandados foram suspensos.
Nesta quarta (20), a Polícia Civil e os agentes penitenciários também aderiram ao movimento. Os agentes, delegados e escrivães da polícia estão trabalhando em regime de plantão. Os agentes penitenciários entraram em greve e os presídios estão sendo operadas com efetivo reduzido.
A CIDADE SITIADA
Ao menos 18 veículos foram roubados na madrugada de ontem na Grande Natal. A média diária é de sete registros por madrugada. Também houve três tentativas de explosão a bancos para roubo – movimento considerado atípico.
O GOVERNO E A SUA PARTE

O governador Robinson Faria foi até Brasília para tentar, junto à União, conseguir dinheiro para pagar os salários de novembro e o 13º salário dos servidores do Estado.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Com salários atrasados, buffet terceirizado abandona confraternização de fim de ano da Marinha

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Churrasco chocho Rolou, sexta, festa de confraternização de fim de ano do Centro de Instrução Almirante Graça Aranha, da Marinha, no Rio. Só que os cozinheiros... abandonaram o churrasco. É que, terceirizados, eles estão com os salários atrasados. A promessa era de que o ordenado cairia na conta sexta, o que não aconteceu.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Ciampa promove palestra sobre “Bullying, Cyberbullying e Direitos Humanos”

O Núcleo de Assistência Social do Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves (NAS/CIAMPA), por meio do Projeto “Liberdade e Responsabilidade” pertencente à área de Direito, realizou no dia 05 de dezembro, uma palestra sobre “Bullying, Cyberbullying e Direitos Humanos” para 47 militares/servidores civis do CIAMPA, Comando de Desenvolvimento Doutrinário do Corpo de Fuzileiros Navais, Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo, Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes, Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais, Policlínica Naval de Campo Grande e Delegacia da Capitania dos Portos em Itacuruçá.
 
A palestra foi uma parceria com a equipe do Programa “Papo de Responsa” que faz parte de um Programa da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, criado pela Resolução nº 619, de 14 de novembro de 2012, da Secretaria de Estado de Segurança. O Inspetor de Polícia Beto Chaves, o Oficial de Cartório Luiz Cláudio, foi quem proferiu a palestra. Ele teve o apoio do Comissário de Polícia Wagner Ricardo e da Papiloscopista de Polícia Priscila Helena.
 
Dentre os assuntos abordados destacam-se a apresentação do que é o Programa “Papo de Responsa”, a segurança pública em sentido geral, a vulnerabilidades das informações digitais, técnicas para segurança no mundo virtual, a importância da Gestão da Informação e do empoderamento que ela propicia os procedimentos a serem adotados em caso de Cyberbullying, a importância da educação na vida das pessoas, principalmente para as crianças no cenário das informações, uma vez que o importante é analisá-las e não coletá-las. Ao final, o palestrante deixou uma reflexão aos participantes sobre a importância de educar e impor limites aos filhos, de modo que possam entregar pessoas melhores para a sociedade.
 
O NAS/CIAMPA acredita que todas as atividades desenvolvidas, principalmente no âmbito da prevenção, contribuem para o aumento da qualidade de vida da família naval. Portanto, o objetivo da palestra foi orientar os participantes do projeto sobre seus direitos e deveres, de forma que, ao tomar uma decisão, possam fazer “escolhas responsáveis” cientes das consequências e possíveis desdobramentos de seus atos.
 
Apresentação do Oficial de Cartório Luiz Cláudio

domingo, 10 de dezembro de 2017

Tenentes da Marinha são presos por tráfico internacional de armas


Três tenentes da Marinha do Brasil, dois de 28 e um de 29 anos, foram presos em Rio Brilhante, a 158 km de Campo Grande, por associação criminosa e tráfico internacional de armas. Os oficiais, que estavam com cinco armas e mais de 1000 munições, viajavam em um ônibus com destino ao Rio de Janeiro na última sexta-feira (8).
Os militares estavam dentro do ônibus da Viação Mota, linha Ponta Porã/MS - São Paulo/SP , quando foram abordados sendo abordados pela PRF (Polícia Rodoviário Federal), por volta das 19h.
Eles se identificaram como Oficiais da MB e afirmaram que tinham como destino a cidade do Rio de Janeiro.
Em princípio, apenas um admitiu estar armado, porém, como não tinha o registro da arma, uma revista minuciosa na bagagem de mão e assento foi iniciada. Militares não possuíam malas no bagageiro do ônibus.
Em revista pessoal, no segundo oficial foi encontrada mais uma arma em sua cintura. O terceiro oficial tentou esconder outra arma, desmontada, por dentro do assento onde estava. Posteriormente, foram encontradas dois espingardas calibre 12.
Os tenentes disseram, inicialmente, que adquiriram as armas para defesa pessoal, em função de ameaças sofridas no estado carioca.
Presos foram conduzidos para a Delegacia da Polícia Federal de Dourados. O trio foi enquadrado por tráfico internacional de arma de fogo e associação criminosa.Os três portavam a Identidade Militar, a qual foi confirmada junto à Marinha, por meio do “Contra-Almirante”, Barros Cputinho, do 6º Distrito Naval de Ladário. Houve contato com a 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados que providenciou um Oficial do Exército Brasileiro para acompanhar o flagrante.
Relação do material apreendido:
- 02 (duas) Espingardas cal. 12, número de série raspado, marca BOITO.
- 03 (três) Pistola 9mm, número de série rapasda, marca Glock.
- 08 carregadores de Pistola cal. 9mm.
- 260 munições cal. 12
- 100 munições cal .40 Winchester.
- 900 munições cal. 9mm.
- 02 coldre para pistola.
- 01 case para arma longa.
- 01 bandoleira.
- 02 placas balísticas para colete.
- 04 acessórios para cal. 12

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

BtlOpRib ministra instrução do 1° COTE da polícia civil do Ceará no GptFNNa



Primeiro COTE polícia civil do estado do Ceará recebe instrução de operações ribeirinhas no GptFNNa


A Polícia Civil do Ceará realizou a solenidade de encerramento da primeira turma do Curso de Operações Táticas Especiais (COTE). O treinamento durou 45 dias.

O treinamento contou com Batalhão de Operações Ribeirinhas (BtlOpRib) que é uma unidade do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil que está subordinado ao 9.º Distrito Naval da Marinha do Brasil.
                

O Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal (GptFNNa) ministrou, no período de 26 a 28 de junho, o módulo de Operações Ribeirinhas do 1º Curso de Operações Táticas e Especiais (COTE) da Polícia Civil do Estado do Ceará. A instrução prática ocorreu na Praia do Y, área cedida pelo 17º Grupo de Artilharia de Combate do Exército Brasileiro. A capacitação visa habilitar os alunos para atuarem em missões policiais onde seja necessária a aplicação da Doutrina de Operações Especiais.

Ao todo, inscreveram-se 129 policiais de vários estados. Desses, 46 iniciaram o curso, mas apenas 14 conseguiram concluir todas as etapas. 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Senado aprova ingresso de mulheres no Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil



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As mulheres poderão entrar no Corpo de Fuzileiros Navais Brasileiro, assumir todos os postos e ingressar em outros serviços da Marinha que hoje impõem restrição de gênero. 


Se antes elas não podiam fazer parte da atuação operativa da Marinha do Brasil (MB), que é, basicamente, servir a bordo de navios, conhecendo outros portos e países, e ir a combate junto com o pelotão em operações em terra, elas irão fazer a partir de 2019. Pela primeira vez, as mulheres poderão ingressar no Corpo da Armada e do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN). 

(PLC 147/2017), lei Nº 13.541, aprovada em dezembro de 2017, autorizou o acesso às mulheres a todos os cargos de praças a oficiais da Marinha brasileira.

As mulheres poderão ser admitidas inclusive nas atividades operativas da Força, podendo integrar o corpo da Armada e o de Fuzileiros Navais, até então restritos apenas a militares do sexo masculino. 


Quebrando paradigmas

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Mesmo antes da lei Nº 13.541, aprovada em dezembro de 2017, que autorizou o ingresso das mulheres para o curso de oficial da Marinha do Brasil (MB) pela Escola Naval, no Corpo da Esquadra ou no de Fuzileiro Naval, o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) já contava com uma mulher combatente no seu efetivo. A 1º Tenente Auxiliar Fuzileiro Naval (AFN) Débora Ferreira de Freitas foi a primeira mulher a prestar concurso para o quadro de oficial auxiliar do CFN e se tornou a primeira combatente.
A 1º Ten Débora foi a primeira mulher a se tornar oficial combatente da Marinha do Brasil. (Foto: Marinha do Brasil)
Desde que se tornou oficial, atuou em importantes funções. Esteve presente no 25° Contingente no Haiti, como responsável pelo departamento de Assuntos Civis e de Comunicação Social, e foi comandante do Pelotão de Ligação na Companhia de Comunicações do Batalhão de Comando e Controle. Atualmente, a oficial trabalha na seção de pessoal do Batalhão de Comando e Controle dos Fuzileiros Navais, no Rio de Janeiro.
 Ten Débora ingressou como segundo-sargento músico do CFN em 2004, mas ela tinha aspirações maiores para sua missão dentro da MB. “Fiz a licenciatura em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, cumprindo o requisito de ter um curso superior para realizar o concurso para oficiais do CFN”, revelou à Diálogo  Ten Débora. “Depois de três anos de estudos, alcancei a aprovação em 2015 como oficial auxiliar do Corpo de Fuzileiros Navais e fui realizar o curso de preparação para oficiais.”
Ela contou que este concurso não possuía impeditivos no edital para que uma mulher se inscrevesse. “Só era necessário ser do CFN. Então decidi tentar, mesmo sendo mulher, e concorri em igualdade com os homens”, disse a  Ten Débora. “O que me motivou foi a oportunidade de crescimento dentro da força. Hoje me sinto realizada, pois o CFN busca manter a honra, a competência, a determinação e o profissionalismo, para que estejamos sempre atualizados e bem treinados para a defesa da pátria.”
A 1º Tenente (AFN) Débora Ferreira de Freitas durante o curso de Especialização em Guerra Anfíbia. (Foto: Marinha do Brasil)
O pioneirismo da oficial não parou por aí. Ela foi também a primeira mulher a realizar o Curso de Especialização em Guerra Anfíbia, em 2016, que habilita o oficial fuzileiro naval a comandar um pelotão de infantaria. O curso tem duração de quatro meses e exige muito dos combatentes, principalmente com relação à parte física. “Só a mochila pesava em torno de uns 25 quilos, fora o colete com a placa balística, o armamento e os outros equipamentos que tínhamos que carregar o tempo inteiro”, lembrou a Ten Débora.
A rotina do curso iniciava às 6h30 e incluía treinamento físico militar e atividades, constantemente avaliadas, relacionadas à formação de um comandante de pelotão. “A principal dificuldade foi o cansaço físico. Além disso, existe a diferença fisiológica entre o homem e a mulher, que tem suas particularidades”, destacou a  Ten Débora, e acrescentou que foi necessário valorizar ainda mais o espírito de corpo e mudar alguns hábitos, como deixar a vaidade de lado e aprender a dormir pouco e em qualquer lugar.
Um incentivo para outras mulheres
A 1º Ten Débora integrou o 25° Contingente no Haiti no período de dezembro de 2016 a junho de 2017. (Foto: Marinha do Brasil)
Segundo ela, ter conseguido concluir o curso abriu as portas para outras mulheres. “Eu mostrei que é possível para uma mulher exercer funções operativas sem ser diminuída por isso: carregar uma mochila pesada, usar armamentos, conduzir homens para uma missão com eficiência”, reforçou. Atualmente o CFN conta com duas mulheres operacionais e algumas que estão realizando o curso de Especialização em Guerra Anfíbia.
 Ten Débora revelou que sente orgulho de ter desbravado o caminho para outras combatentes. “Quando olho para trás, tenho um sentimento de dever cumprido, pois portas foram abertas para outras mulheres que desejarem pertencer ao CFN.” Ela pretende seguir se aperfeiçoando dentro do setor operativo da força, por meio de cursos e capacitações.
A oficial comemorou a autorização da MB para o ingresso das mulheres em todos os quadros operacionais. “Esta decisão mostra a importância de valorizar nosso trabalho e profissionalismo. A Marinha sempre foi pioneira no ingresso de mulheres e isso mostra que a força valoriza a presença feminina e o nosso grau de competência”, reforçou e estimulou o ingresso de outras mulheres. “Quem tiver isso como sonho deve seguir em frente, estudar e focar no objetivo, não deixando de se preparar muito fisicamente”, aconselhou a  Ten Débora.
Comissão de Gênero destaca pioneirismo da MB
Segundo o Brigadeiro (R) da Força Aérea Brasileira Antônio Carlos Coutinho, presidente da Comissão de Gênero do Ministério da Defesa (CGMD) do Brasil, a experiência adquirida pela MB ao longo dos anos superou as dúvidas e possibilitou à força a segurança necessária para facultar o acesso irrestrito às mulheres. O Brig Coutinho explicou que cada força tem a liberdade de definir quando e a quantidade de vagas que irá destinar para as mulheres. Mas, que as similaridades de parâmetros entre as três forças indicam que a decisão da MB pode estimular o Exército e a Força Aérea a adotarem a mesma medida num futuro próximo. “Cada uma tem sua peculiaridade e talvez o entendimento não venha com a mesma velocidade, mas os espaços estão sendo criados”, destacou o Brig Coutinho.
“Atitudes pioneiras como a da  Ten Débora só reforçam que o desempenho operacional nas forças armadas independe do gênero”, ressaltou o Brig Coutinho. Para ele, o importante é que os parâmetros estabelecidos pela instituição para o cargo sejam atendidos. “A decisão dessa jovem oficial de enfrentar um desafio peculiar, que superou todas as barreiras e teve sucesso no seu propósito, mostra que o resultado não depende do gênero e fortalece a presença das mulheres no meio militar”, afirmou.
A CGMD foi criada em 2014, com o objetivo de atenuar as diferenças entre os gêneros nas Forças Armadas do Brasil e ampliar a política para as mulheres dentro da profissão militar no pais. A CGMD está ligada diretamente à ONU Mulheres, entidade criada pela Organização das Nações Unidas para estimular a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Pioneira no Grupamento de Fuzileiros e banda do 6º DN, Olga é exemplo para outras mulheres


Apesar de única em meio a um grande grupo de homens, a terceiro-sargento Fuzileiro Naval Músico, Olga Sodré dos Santos, 27 anos, não passa despercebida, seja tocando o trombone ou nas suas funções, como proteção dos ambientes militares do 6º Distrito Naval em Ladário.
Na cidade pantaneira há cerca de um ano, a sargento é natural de Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro, e, na unidade militar situada na fronteira oeste do país, escreveu seu nome como a primeira mulher a integrar o Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário e a banda de música do 6º Distrito Naval.
“Fui a única mulher do meu curso, dentre quase mil alunos, mas temos outras mulheres no Brasil no Corpo de Fuzileiros, não muitas, mas  há”, comentou a militar sobre o fato de pertencer a um grupo preparado para enfrentar combates e situações hostis como sugere o próprio nome ‘fuzileiro” ao lembrar que os integrantes são aqueles habilitados a utilizar armamento (mais habitualmente fuzis) para proteção das unidades militares.
Arquivo pessoal

Durante curso de formação, sargento Olga foi a única mulher entre quase mil homens a integrar a turma
“No começo é difícil estar inserida num ambiente exclusivamente masculino, mas a gente percebe o esforço no dia a dia para respeitar a presença, a maioria compreende a importância de estarmos ali, é claro, tem uma minoria que não, mas isso não desmotiva”, disse Olga sobre o fato de estar “na linha de frente” da participação das mulheres na tradicional instituição militar.

“O preconceito não sinto, não diria que é isso, mas há sempre uma desconfiança porque eles não estão acostumados. No início pensam: 'essa menina não vai conseguir carregar essa mochila, não vai conseguir carregar esse fuzil' e daí eles veem que sim, se surpreendem e acabam espelhando em nós a esposa, uma filha, uma sobrinha e dizem: 'gostaria que minha filha também fizesse isso', mas há o período da adaptação sim”, confessou ao Diário Corumbaense sobre como as mulheres vêm ganhando seu espaço num ambiente ainda predominantemente masculino.

Durante a formação ou nos afazeres já como sargento, Olga contou que não sente distinção entre as tarefas pelo fato dela ser mulher. Segundo ela, além de provar para os colegas que é capaz, precisou provar a si mesma que venceria o grande desafio da vida militar e, hoje, se sente certa dessa igualdade que ainda é uma grande luta das mulheres em outros setores da vida civil.

“A filosofia é a mesma: espírito de corpo. Todo mundo sai junto, chega junto e, quando a gente começa a mostrar nosso valor militar, ganhamos essa valorização. Hoje, eu não me sinto diferente de um soldado da tropa”, disse.

Olga sabe que sua simples presença, seja desempenhando as funções como fuzileiro ou na banda de música, é observada por um importante público: aquele que se espelha no seu exemplo.

“Eu me sinto com uma carga enorme nas costas e privilegiada ao mesmo tempo. Às vezes, a gente sai para correr de manhã na rua e, quando me sinto cansada e vejo que tem uma menina próxima, penso que não posso parar porque ela tem que ver que consigo, porque vai que um dia ela queira entrar para a Marinha”, contou.
Arquivo pessoal

Em carreira ainda dominada por homens, Olga vem ganhando o respeito dos colegas ao superar as tarefas militares
Início em projeto social
Dessa forma, a jovem que se apaixonou pela música ao frequentar um projeto social de sua cidade e teve como pretensão um curso superior na área – ela é bacharel em trombone pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) -  a sargento Olga,  hoje, sabe que seu  talento musical caminha lado a lado com o exemplo de superação e pioneirismo para o público feminino a quem manda um recado.

“Não desista do seu sonho nunca, não acredite em palavras negativas, estude sempre. Acredite no seu potencial e não dê ouvidos para quem quer desestimular dizendo que carreira militar é coisa para homem”, finalizou Olga que também se inspira em outra mulher, a segundo-tenente Auxiliar Fuzileiro Naval, Débora Ferreira de Freitas, que faz parte do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais e que se tornou, em 2016, a primeira mulher habilitada a comandar um pelotão de infantaria no Brasil.

A Marinha do Brasil foi a primeira das Forças Armadas a admitir a presença de mulheres em seus quadros. Mais recentemente, em abril de 2017, a Marinha ampliou a participação de oficiais e praças femininas em atividades de aplicação efetiva do Poder Naval, autorizando o embarque em navios e unidades de tropa.
Arquivo pessoal

"Acredite no seu potencial", aconselha sargento Olga que já marcou seu nome no 6º DN por pioneirismo

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