Rodrigo Oliveira sonha em ser fuzileiro naval. (Foto: Divulgação)Aos 16 anos, Rodrigo da Silva busca uma vaga no Colégio Naval, instituição de ensino em Angra dos Reis (RJ) que seleciona jovens para futuramente fazerem parte da Marinha do Brasil.
integrar a faculdade de ciências militares da Marinha para se tornar um fuzileiro naval.
No dia 17 de janeiro, Rodrigo fará as últimas etapas do processo seletivo: uma prova de saúde e um teste físico. Ele precisará correr 2.400 metros em 16 minutos e nadar o percurso de 25 metros em 50 segundos.
Para aumentar suas chances, ele corre em uma academia de Duque de Caxias, cidade onde mora, e nada na vila olímpica, próxima à sua casa. Caso cumpra as provas dentro do tempo previsto, restarão somente a verificação de documentos e a avaliação psicológica para conseguir a vaga.
Os professores do colégio público no qual Rodrigo estuda já consideram uma vitória o fato de o jovem ter sido aprovado em primeiro lugar nas provas teóricas. “Todo mundo da escola vem falar comigo, virou um alvoroço quando souberam”, conta o carioca.
Quem o ajudou a conseguir avançar no processo seletivo foi a família. Seu pai, pedreiro; a mãe, educadora; e o padrasto, entregador de revistas, ajudaram a pagar as mensalidades do Progressão Autêntico, curso preparatório para concursos.
Desde o início de 2014, Rodrigo concilia os estudos do colégio com as aulas específicas desse curso. No ano passado, quando tentou prestar o exame, não foi aprovado. “O começo foi mais difícil, porque eu não tinha uma boa base de conhecimentos. Estudava 5 horas por dia para compensar o que não aprendi na escola, mas vi que era insuficiente”, afirma.
Diante da reprovação, ele mudou a rotina e abriu mão de todos os momentos de lazer. Deixou de lado, inclusive, os jogos de tiro em primeira pessoa, como Call of Duty, para passar 11 horas estudando.
“É um sonho de infância me tornar fuzileiro. Eu já adorava brincar de armas (de plástico) com os meus primos quando era pequeno. E meus irmãos jogam comigo o Call of Duty. Desse jeito, vou levar todos para a Marinha”, brinca.
Rodrigo imagina como será sua vida caso seja aprovado no Colégio Naval. “Eu me mudaria para Angra, porque é regime de internato”, conta. Sobre a fase final dos testes, ele afirma estar confiante. “Gosto de esportes e natação e corrida são exatamente os meus preferidos.”
