Vacas robóticas e carros drones são testados por fuzileiros navais no Havaí
O LS3, apelidado pelos fuzileiros navais de robô vaca, durante treinamento no Havaí. O equipamento é programado para seguir o militar e pode carregar até 400 quilos - MCCLAIN/ The Washington Post
HONOLULU - Mais de mil fuzileiros navais estão participando este mês do Rim of the Pacific (RIMPAC), o maior treinamento marítimo do mundo para nações com interesse no Pacífico, que acontece a cada dois anos. Com 49 navios e seis submarinos de 23 países, eles testam uma variedade de equipamentos e como integrá-los ao trabalho. A novidade que tem atraído mais atenção é o LS3, um de robô de terra, não só porque é engraçado, mas também devido ao seu potencial, podendo tornar-se um grande reforço para as tropas dos Estados Unidos.
Desenvolvido pela Boston Dynamics - que foi comprada pelo Google no ano passado – o robô pode transportar até 400 quilos de equipamentos e combustível e andar 32 Km em 24 horas, diz a empresa.
O LS3 está sendo constantemente testado há dois anos quanto a sua estabilidade, já que objetivo é que ande em terrenos irregulares, onde veículos não tem acesso. Como é engraçado, os fuzileiros navais que participam da operação no Havaí passaram a chamá-lo de "a vaca", disse o tenente-coronel Charles Berry, que está conduzindo o treinamento.
"As vacas", no entanto, não são os únicos robôs a serem testados. Os marinheiros também treinaram com um veículo não tripulado, do tamanho de um pequeno jipe. Conhecido como Guss, ele pode transportar água e outros equipamentos, mas não é capaz de fazer manobras em alguns lugares como o LS3. Por outro lado, os militares podem dirigir o veículo se quiserem, ou se o sensor, que permite que seja auto conduzido, não estiver funcionando.
— Acho que a tentativa de montar uma vaca robótica não seria tão agradável — diz Berry sobre como os dois novos robôs podem ser melhor aproveitados em uma operação.
Há também a preocupação desses robôs não virarem um elefante branco em uma zona de combate, caso quebrem e tenham que ser arrastados ou carregados. Por enquanto, porém, os fuzileiros em treinamento coletam informações e se familiarizam com o que estes dois robôs podem fazer.