Uma resolução assinada pelo secretário de Segurança Pública do Rio (Seseg), José Mariano Beltrame, regulamenta o uso da balaclava (popularmente conhecida como "touca ninja") em certas operações da polícia militar do Rio de Janeiro.
Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) poderão usar a balaclava em ações com reféns e "ocorrências de interesse similar".
Agentes do Batalhão da Polícia de Choque (BPChq) também poderão usar a máscara quando forem acionados para controle de distúrbios civis, como manifestações violentas ou confusões durante grandes eventos.
A permissão se estende a outros dois batalhões: o Batalhão de Ações com Cães (BAC), que só pode usar a máscara em operações de apoio ao Bope, e o Grupamento Aeromóvel (GAM), que poderá utilizar a máscara em todas operações aéreas.
Em nota, a Polícia Militar informou que a balaclava será utilizada porque pode proteger o policial contra "objetos cortantes, fragmentos de rojões, resíduos de gás e até fogo".
A resolução publicada nesta sexta (28) revoga uma decisão de 1995 que proibia de maneira generalizada o uso da balaclava e permite ainda que policiais de batalhões comuns usem o gorro quando o agente for morador da "mesma área onde ocorrer [a] operação policial", quando atua como "guia". A justificativa, neste caso, seria o "risco a que se sujeita o policial", conforme o texto.
Em todos os casos, a autorização deve partir do comandante de cada unidade, que será responsabilizado pela ação.
“A balaclava é um equipamento necessário a determinadas atividades policiais, mas não pode ser utilizada de qualquer forma. A utilização deverá ser justificada pelo comandante da unidade. Não poderá ser um equipamento que simplesmente encubra o rosto de alguém”, explicou o secretário José Mariano Beltrame.